quarta-feira, 26 de setembro de 2012

olha essa

Andar de bicicleta é uma porcaria
ciclofaixa3 Andar de bicicleta é uma porcaria
Beira o ridículo essa mania de valorizar o uso de bicicletas. Deve ser sequela do efeito corrosivo da fumaça de automóveis na cabeça de quem mora nas grandes cidades.
Basta olhar o amontoado de paulistanos que resolveu participar da inauguração da ciclofaixa de lazer na Avenida Paulista. Uma multidão de barrigudos branquelos pagando mico de andar a menos de 5 km por hora ao lado de um congestionamento monstruoso em pleno domingo. Haja inalação de monóxido de carbono. Muito saudável.
O mais patético é tratar como sinônimo de modernidade um aparelho tão obsoleto e arcaico que nem sequer polui! Não passa de uma motocicleta sem motor. Se bicicleta fosse solução, não seria meio de transporte típico de países miseráveis.
E não venham citar Nova Iorque, Paris, Berlim e outras metrópoles basicamente planas. Isso mesmo: planas. Ou alguém consegue imaginar ir de casa ao trabalho numa cidade cheia de barrancos como São Paulo? Ou subir e descer pedalando os morros cariocas?
Não por acaso, só se vê bicicleta na orla e em planícies típicas das periferias mais afastadas. Por isso soa tão estúpida essa mitificação de algo que os chineses inventaram há 2500 anos.
O negócio ficou tão sério que não há um único candidato a prefeito que não prometa investir em ciclovias. Como se isso fosse realmente uma alternativa racional de transporte. Tenham dó.
Os ciclistas deveriam lutar por mais transporte público, e não por um meio limitado e individual. É um ato suicida andar de bike nos grandes centros urbanos, em qualquer lugar do mundo.
Mas o pior mesmo dessa ideia de ir para o trabalho pedalando é desconsiderar que o cidadão vai começar o dia todo suado, grudento e com fuligem na cara. Argh. Que nojo.
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30 agosto 2012

Hoje é dia de festa na sucursal da Veja no Rio de Janeiro. A jornalista Carla Knoplech pode começar a festejar.
Autora de mais uma farsa impressa nas páginas da revista — uma entrevista inventada com o comentarista Renato Maurício Prado sobre a briga que teve com Galvão Bueno no ar no canal Sportv — a moça pode esperar ser elevada ao posto de editora-chefe, quiçá até diretora de redação.
facsimile vejario2 Promoção à vistaAfinal, é assim que a Veja trata quem é pego no flagra, com a boca na botija, em flagrante delito de mau jornalismo. Se quiser manter a coerência que cobra dos outros, a direção da revista terá que repetir com Carla o mesmo que fez com o seu principal colunista quando este foi citado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira em ligações telefônicas que denunciavam como o “jornalista” (aqui me permitam as aspas) negociava espaço em sua coluna e de que maneira suas notas serviam aos mandos e desmandos do bicheiro.
O que a Veja fez? É só ler o expediente da publicação e ver quem é seu atual editor-chefe.

Em toda essa história da entrevista falsa na Veja Rio, só há duas certezas: a de que informação mentirosa tem endereço certo e que hoje alguém vai abrir uma champanhe para comemorar a promoção.
Parabéns, Carla. Essa menina tem futuro.

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28 agosto 2012

A mulherada enlouqueceu. O aumento da procura por cirurgias de reparação genital está se tornando um fenômeno mundial.
Não bastassem peitos siliconados e outras intervenções estéticas que vêm tornando o corpo feminino um campo inesgotável para intervenções plásticas, agora essa. Beira o ridículo absoluto da baixa autoestima.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, nos EUA, são feitas mais de 1,5 milhão de cirurgias íntimas. No Reino Unido, 1,2 milhão. No Brasil, médicos apontam um crescimento de 50% nos últimos dois anos.
Excetuados raríssimos casos que justificariam esse tipo tão invasivo de retoque, só mesmo a instauração definitiva da ditadura da beleza para entender porque uma moça queira recauchutar seus lábios vaginais, em busca de uma hipotética e absurda beleza que nada tem de interior.
plastica mulher hg 20100729 O corpo feminino nunca foi tão maltratado
Isso é automutilação, e não uma suposta cirurgia plástica. Até mesmo um alto risco de redução de sensibilidade existe.
Os pequenos e grandes lábios fazem parte de uma região com infinitas terminações nervosas. Uma obra de arte da natureza.
Mas nunca está bom para os que cultuam um corpo forjado em editoriais de moda e agora, pelo visto, em filmes pornô.
Em breve, veremos mães levando suas filhas pré-adolescentes para esse tipo de abate. Já é assim nas clínicas de cirurgias plásticas.
É cada vez mais cedo que começa a procura por curvas, proeminências e, agora, uma virgindade dissimulada. Isso, convenhamos, é muito indicativo da infelicidade em que mergulha a alma humana. Coisa feia.
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24 agosto 2012

Joaquim Barbosa não é herói. Ricardo Lewandowski não é vilão. Nem vice-versa. Eles são simplesmente juízes do Supremo Tribunal Federal. E discordam — para desgosto dos que prefeririam ver todos os réus sendo unanimemente massacrados em público.
Como era de se esperar, o julgamento da ação 470 (ou mensalão, para os íntimos) está despertando paixões e calorosas infâmias nas redes sociais — e, indevidamente, nas entrelinhas do noticiário que vê nesse processo uma revanche contra o PT.
O fato é que se criou um clima de linchamento virtual do ministro Ricardo Lewandowski. O revisor do caso se atreveu a desapontar a “voz rouca das ruas” e defendeu nesta quinta, 23, a tese da inocência do ex-deputado João Paulo Cunha.
O petista é acusado de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no período em que exerceu a presidência da Câmara dos Deputados.
Por consequência, o voto de Lewandowski também absolve desta acusação o empresário Marcos Valério e seus sócios. Estes já estão com a corda no pescoço por conta de outros crimes que lhes são imputados (e que já receberam parecer condenatório do própiro Lewandowiski, é fundamentgal destacar).
Mesmo discordando do voto pela absolvição (a ser acompanhado ou não por seus pares), não dá para dizer que foi apressado ou sem fundamento. Pelo contrário, foi sólido, baseado em pareceres do Tribunal de Contas e da Policia Federal, além de dezenas de testemunhas. Podem espernear os que não gostaram, mas foi um voto técnico, como virou moda dizer.
Não interessa se os argumentos dele sejam coerentes e baseados em documentos e testemunhas. Até porque poucos brasileiros têm tempo e disposição para encarar as enfastiantes horas que duram os explanações dos nossos supremos magistrados.
Na verdade, tanto faz, já que a maioria acha que todos são culpados. E pronto.
Qualquer ministro que ouse admitir evidências de que algum dos acusados seja inocente será tratado como inimigo do povo. E será difamado no escurinho do anonimato ou na balbúrdia de tuítes covardes e grosseiras fanfarronices que infestam a internet.
Que a galera queira ver sangue nos olhos de nossos juízes é fácil de entender. Todo político é ladrão, proclama o senso comum. “É o maior escândalo da historia deste país” se tornou um bordão patético, facilmente desmentido pelos bilhões que escoaram pelos esgotos da privataria tucana ou da era Collor.
“Cadeia para os mensaleiros”, gritam os posts e comentários (inclusive de jornalistas que se comportam como torcida uniformizada).
Arrisco dizer que é remota a possibilidade que todos os 38 réus sejam condenados. Dois já escaparam: um por falhas processuais; outro por absoluta falta de provas. Luís Gushiken é inocente, diz até mesmo o procurador Roberto Gurgel.
Joaquim Barbosa, tudo indica, vai propor a condenação de todos os que sobraram, de baciada. É no que ele acredita, merece respeito. Seus votos até aqui também são sérios, caudalosos, fruto de muito trabalho. A galera gosta.
Mas como relator e revisor apresentaram interpretações opostas, é razoável concluir que um deles está gravemente equivocado. Uma pessoa não pode ser culpada e inocente ao mesmo tempo.
E se preparem: é bem provável que algumas votações sejam apertadas, com risco até de empate. Mesmo ministros do Supremo são falíveis. Para o bem ou para o mal. Lamento informar.
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22 agosto 2012

Em um país conhecido por ter uma das maiores cargas tributárias do planeta, o governo federal poderia, num rompante de decência, tomar uma medida digna e humana: zerar os impostos sobre remédios.
Na enorme lista de maldades decorrentes da fúria arrecadatória, merece destaque sermos líder mundial em esfolar doentes. Segundo um recente estudo, entre 38 países, o Brasil é recordista em tributação sobre medicamentos vendidos sob prescrição.
É muita crueldade. Em média, 35,7% do preço que o consumidor paga na farmácia são impostos. Por força desses preços abusivos, milhares de pacientes são obrigados a abandonar tratamentos ou nem sequer começá-los.
Taxar pesadamente um produto de primeira necessidade, para alguns uma questão de vida ou morte, é uma política imoral. A maioria dos países pratica alíquotas de no máximo 5% - chegando a zero no Canadá, México e Reino Unido, por exemplo.
É só querer, e nem vai doer tanto assim: o valor vindo dos medicamentos representa 0,16% do total arrecadado. Não há justificativa para manter essa lógica assassina.
Curioso é que tanto a presidente Dilma quanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já manifestaram apoio a essa ideia de baixar os impostos dos medicamentos. Pena que não moveram um dedo para isso. Vamos cutucar, então.
E deixar claro outro ponto fundamental: o governo precisa ficar de olho na indústria farmacêutica.
Sem tabelamento e rigoroso controle de preços, duvido que os capitalistas do setor repassem benefícios para o consumidor. Desconto, para essa turma, só se for imposto, na marra.
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20 agosto 2012

A CPI do Cachoeira pode deixar de ser apenas a maior farsa já protagonizada no Congresso Nacional. Basta que algum parlamentar tenha a decência de aproveitar o circo armado e propor o fim das Comissões Parlamentares de Inquérito.
No ponto que chegou, é melhor acabar com essa palhaçada que só tem gerado despesas e constrangimentos. No mínimo, que se proíba investigar os casos que envolvam políticos.
Não adianta nada mesmo. Lá pelas tantas, algum acordo espúrio será fechado nos bastidores e a plateia vai ficar com cara de palerma, como sempre.
Se nem o Policarpo Junior, da Veja, é convocado, apesar de todas as evidências de que ele agiu como assessor de bandido, então chegamos ao fundo do poço de lama.
A capacidade que nossos representantes têm de se autoprotegerem e aos seus interesses é um caso patológico.
Ademais, o recurso jurídico de se manter em silêncio já foi banalizado de tal forma que a rigor não existem mais depoimentos. Então pra quê?
As CPIs eram palanques vistosos para nossos deputados e senadores posarem de paladinos da Justiça. Por excesso de mau uso, ninguém mais leva a sério o que acontece por lá. Azar deles.
Para futuros historiadores, ao final, a imagem que ficará sobra era das CPIs é a seguinte, em que está registrada a essência da situação. Percebam a cara dos bundões:
monique renne Correio Braziliense Pelo fim das inúteis CPIs!
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15 agosto 2012

Sejamos francos: o que é uma periguete? Corrijam-me se eu estiver errado: é uma mulher que se veste de forma insinuante, com pouca roupa, faz questão de seduzir, sabe o que está fazendo e, normalmente, traduz isso em sexo.
Uma periguete transa com quem quiser, certo? Não sente culpa por ter uma vida sexual ativa e libertária. Estou generalizando? Creio que, na essência, é isso mesmo: essas mulheres são bem-resolvidas e decididas. Predadoras e selvagens. Ou não?
Claro que não. Uma menina pode se fantasiar de Suellen, mas isso não significa que ela quer namorar um time de futebol inteiro. Ela só quer se sentir bem com seu corpo e seus desejos. Ela é feliz. Aham.
Cleópatra, provavelmente, era uma periguete. Recatada, com certeza, não haveria de ser, tamanho o estrago que protagonizou. Esse exemplo para dizer que sempre houve as que arrastaram homens e impérios pelo focinho.
Mas por que, depois de milênios morrendo envenenadas, sendo queimadas vivas, assassinadas por homens ciumentos, renegadas em público, elas se tornaram aceitáveis, simpáticas, um exemplo a ser explorado?
Só pode ser um avanço, já que os marmanjos sempre agiram como canibais libidinosos com escravas aos seus pés. Nunca houve bons tempos. Os homens não prestam. Revanche.
Enfim, uma periguete se veste e se comporta como se estivesse disposta a transar com todo mundo. Mas desde que ela queira. OK? Ela manda. Percebeu o enorme obstáculo?
A gata seduz o universo masculino indistintamente, mas só aceita ser raptada por aquele espécie que ela elegerá de forma aleatória. Os outros? Que sejam civilizados e respeitosos. E o assédio sexual? Oras.
salto As periguetes venceram, ponto final
É claro que, na prática, isso nunca vai dar certo. Há tantas mulheres inteligentes quanto homens estúpidos e grosseiros. Fato. Estatisticamente, todas vão conhecer um desses palermas. Algumas até se apaixonarão por essas figuras. A maioria se dará muito mal. Mas todas sabem disso, não precisa avisar.
A novidade é que, pela primeira vez na história, essas rainhas estão em maioria. Ou se alastrando. Não só no Brasil, embora sejamos um país pioneiro no assunto. Basta observar as revistas de celebridades do mundo ocidental. Ou as chamadas dos portais da internet. As propagandas de cerveja. Os realities shows. A Angelina Jolie. As pop stars. Já era.
Estou tentando desenvolver um raciocínio frio, equilibrado, equidistante. Eu mesmo me interrompo: não vou conseguir. Olho para o lado e vejo que ser periguete é motivo de orgulho. Vestir-se como suburbana no cio deixou de ser ridículo e se tornou tendência.
A culpa não é da TV e do punhado de novelas e programas que tratam essas novas sirigaitas como heroínas. O entretenimento vai atrás da vida, nunca o contrário.
Ponto final. Precisamos rever os valores a serem passados para nossos filhos. E filhas. Só sei por onde começar: as periguetes venceram. Sejamos francos.
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10 agosto 2012

idoso ok Pedir RG pra velhinho virou política contra menores bêbados
Os sábios que nos entopem de leis têm sido pródigos em criar nulidades jurídicas. Mas, como se não bastasse, agora fazem questão de aporrinhar nossas vidas.
Todos sabemos que a venda de bebidas alcoólicas a menores sempre foi proibida. Sempre.
Não havia necessidade de o governo de São Paulo fazer de conta que está preocupado com o assunto e nos brindar com uma legislação redundante, inútil e autoritária, como todas da nova safra de chateações legislativas.
Em vez de tirar adolescentes bêbados da rua, que é onde eles se embriagam (e não em bares e restaurantes), criaram uma lei que delega exclusivamente à sociedade o papel de ser babá de pirralhos etílicos.
Não satisfeitos, espalharam pelas cidades fiscais que, por não terem a quem autuar, ficam infernizando os donos de supermercados, padarias e demais estabelecimentos que comercializam bebidas.
Saibam todos que esses servidores públicos, armados de um instrumento chamado “boa-fé pública”, inventaram por conta própria que todos os clientes devem ter seus documentos de identidade solicitados pelo comerciante. Todos.
Pode ser a vovó que foi comprar licor ou o senhor de barbas brancas que só toma uísque 21 anos. Todos. Não há argumento razoável que demova os fiscais de se aproveitarem da única arma que eles têm para multar gente honesta: a falta de bom senso.
Não pediu o RG para aquele homem aposentado? Multa. Cansados de serem sufocados (e autuados) por essa fiscalização oportunista e leviana, os donos de supermercados se viram obrigados a solicitar e anotar em notas fiscais a data de nascimento e o número da identidade de todos os que passam por seus caixas com alguma latinha de cerveja ou meia garrafa de vinho. Todos.
Os burocratas do Palácio dos Bandeirantes e da Secretaria da Saúde devem estar se sentido paladinos da Justiça e redentores da infância brasileira. Tenham dó.
Isso não resolve coisa nenhuma. É só mais um estorvo, uma perda de tempo, uma amolação.
Uma lei que obriga uma senhora de 79 anos ao constrangimento de provar sua maioridade é uma piada de mau gosto. Além do fato de dar de bandeja à rede varejista dados confidencias que podem parar na mão de estelionatários.
Devo ter bebido muito hoje e não me lembro, porque vou fazer um apelo ao governador Geraldo Alckmin: reveja essa bobagem, coloque agentes públicos na rua para, de fato, resolver o problema do consumo de álcool por jovens.
E, por favor, por piedade, por clemência, deixe a população em paz. Seria uma decisão sóbria demais para nossos governantes?
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7 agosto 2012

Nem todos são iguais perante a lei: os homens que o digam. A próxima vez que eu ouvir algum doutor juiz ou alguma nobilíssima autoridade dizer que todos somos iguais perante a lei, juro que vou gargalhar. O Brasil está se tornando uma aberração jurídica em que alguns brasileiros são mais brasileiros que outros.
Movidos pelas melhores intenções, nossos legisladores estão cavando com o bico da pena da lei um abismo entre homens e mulheres. Não faltam as que comemorem como avanço o que não passa de mais um recuo de uma lamentável doutrina da exceção.
Sob um ponto de vista lógico, já causava estranheza a famosa Lei Maria da Penha, que neste dia 7 completa seis anos. Ninguém me convence que o Código Penal não era suficiente para colocar na cadeia um homem que agredisse uma mulher.
Precisaram criar um dispositivo legal que torna diverso o amparo que o Estado de Direito reserva a seus cidadãos nascidos sob o sexo feminino? Por que agredir uma mulher é mais grave do que agredir um homem?
Não sou ignorante. Sei muito bem que a mulher é vítima de uma intolerável violência doméstica. Sou categoricamente a favor de que companheiros selvagens e covardes sejam encarcerados de forma implacável.
Mas continuarei a achar estranho e vergonhoso que a lei ordinária e universal não dê conta de punir todos os seres humanos que cometem agressões. Simplesmente não faz sentido, é a falência moral de uma sociedade dizer que alguém merece mais proteção ou mais punição que outro.
E agora o governo vem com outra anomalia. Agressores de mulher terão de pagar gastos com auxílio-saúde, morte e pensão decorrentes de seus crimes.
Por que, me digam, a lei não estipula essa medida justíssima para todo e qualquer agressor? Se uma mulher mata seu marido, essa norma não se aplica?
Por mais rara que seja a violência doméstica contra homens, ela existe. Não mereceria a interferência do Estado e o braço pesado da lei?
Que tipo de mensagem estamos passando? Políticas afirmativas podem ser úteis e se mostraram historicamente válidas. Mas o que vemos, na verdade, é uma filosofia de emergência sendo consolidada como norma perene de atuação.
A impressão é que estamos perpetuando e estendendo ao infinito uma desigualdade.
Nas salas de aula, em breve, crianças vão aprender que nem todos são iguais perante a lei. Homens e mulheres têm direitos e deveres distintos. Isso é ruim para todos.
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6 agosto 2012

É preciso temer os criminosos, mas não podemos descuidar das testemunhas. Elas são igualmente perigosas e podem destruir vidas. Fique atento com os acusadores.
Não há como determinar com exatidão, mas deve ser assustador o número de inocentes presos por conta de alguém que, sabe-se lá por que, acredita que é capaz de identificar um bandido.
Veja o caso de duas menores presas por engano, acusadas de latrocínio (roubo seguido de morte):
Assista:

O que mais me chamou a atenção nessa história terrível é que as meninas foram presas com base no testemunho de uma das vítimas.
O reconhecimento brotou “do fundo da alma”, às lágrimas, emocionado, segundo palavras do delegado que acompanhou o caso.
É possível dar um pequeno desconto a essa senhora que confundiu duas jovens inocentes com assassinas frias, afinal, passou pelo trauma de ver um amigo ser morto ao seu lado. Mas ela cometeu um engano absurdo, injustificado.
Por sua culpa, irresponsabilidade, descontrole ou sede de vingança, duas vidas foram submetidas a um pesadelo. E poderiam ter sido completamente destroçadas.
Deve ser algum desvio mórbido que leva uma pessoa a incriminar outra por equívoco, sem ter plena convicção.
Alguém pode dizer que essas delações são feitas de boa-fé, movidas por um sentimento de justiça. Não acredito. Se não há certeza absoluta, cale a boca.
Esses episódios nem podem ser considerados falsos testemunhos, pois não há a intenção premeditada de prejudicar alguém. É erro grosseiro, apenas. Ou delírio.
Como no famoso caso da Escola Base, em que mães acusaram quatro professores de abuso sexual contra crianças.
Quem viu os depoimentos, dezoito anos atrás, foi levado, com o inestimável auxílio da imprensa sensacionalista, a acreditar nos testemunhos ensandecidos de gente aparentemente normal.
Das provas aceitas em juízo, as testemunhais são as mais frágeis. O ser humano é imperfeito e erra. Muito. Por preconceito, leviandade, pressa, quando não por motivos egoístas ou inconfessáveis.
A polícia deveria se ater a métodos científicos, cada vez mais acessíveis. Nossas cadeias já estão suficientemente cheias de miseráveis. Não precisa de inocentes.

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