quarta-feira, 29 de maio de 2013

noticias

neymar2 Neymar já se foi; e o Muricy, quando vai?
Não me recordo de ter visto um craque chorar ao ouvir o hino nacional numa partida comum, sem nenhum valor, pelo simples fato de ser seu jogo de despedida usando a camisa do time que o revelou.
A lágrima de Neymar deveria estar em seu busto na Vila Belmiro. Solitária, é suficiente para afogar a mágoa e o rancor de todos os pseudobrasileiros que o vaiaram nos últimos meses. Fazer sucesso no Brasil é realmente uma ofensa pessoal sem perdão para os vira-latas que uivam em estádios. Gente complexada.
Nosso futebol já era pequeno. Tornou-se minúsculo para a genialidade do garoto que em breve terá o mundo aos seus pés. O menino estava ficando deprimido, irritado. Que bom que foi embora antes de ser agredido fisicamente (fora dos campos, claro, porque dentro deles já era caçado há tempos).
Seu discurso ao final da partida (lamentável) contra o Flamengo, quando deu um até logo e prometeu voltar, foi simples, sincero, humilde e de uma generosidade rara. Ainda mais para quem teve um trajetória tão curta e extremamente vitoriosa pelo Santos.
O Santos. Ah, o Santos. Haja sangue frio para seus torcedores. A agremiação teve dois anos para se organizar sabendo da saída inevitável de seu maior jogador e o que fez? Cometeu o erro que toda cartolagem comete: apostou em um técnico, como se esses seres humanos fizessem alguma diferença a ponto de ganhar R$ 700 mil por mês para decidir quem cruza bolas na área e quem bate escanteios.
Sou obrigado a fazer um parênteses no meu desprezo pela supervalorizacão de treinadores por conta de Tite. Esse cara tem calado a boca de muita gente, inclusive a minha. Com um elenco medíocre, sem um único craque, apenas com disciplina e muito trabalho, conseguiu levar o Corinthinas ao topo do mundo. Exceção e regra.
Já o Muricy... Sem desconsiderar seu currículo, é uma indignidade vê-lo barrigudo, deprimido e inútil, levando a maior sensação nacional dos últimos anos (sim, o time do Santos) a tornar-se um amontoado de derrotados, todos muito bem pagos.
Soubesse ele a hora de sair, como fez Neymar, sobraria a responsabilidade pela decadência que se anuncia exclusivamente para a diretoria santista — que, entre erros e acertos, bancou um técnico que só sabe trabalhar com medalhões, quando deveria ter planejado a consolidação de um time iluminado pelos deuses do futebol.
Pede pra sair, Muricy! Não precisamos pedir pro Neymar voltar.
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24 maio 2013

Entre os diversos sinais de barbárie que se espalham pelo País, o crescimento do número de estupros é o que melhor dá a dimensão do grau de selvageria que tomou conta da bandidagem. Abusar sexualmente de mulher, e de forma impiedosa, se tornou atividade recreativa para assaltantes, sequestradores e até pés-de-chinelo. Está se tornando quase um combo de qualquer ação criminal, em seus diversos níveis.
Além do que há de implicitamente doentio em violentar uma pessoa desconhecida e indefesa, os ataques que têm vindo a conhecimento público se revestem de uma crueldade crescente, repleta de sadismo. As vítimas desses animais, além de invadidas brutalmente, são humihadas, aterrorizadas, espancadas, mutiladas e mortas.
O estupro coletivo está se banalizando (inclusive em festinhas de estudantes de todas as classes econômicas), assim como a audácia desses animais — e o caso do menor que seviciou uma moça em um ônibus, no Rio de Janeiro, na frente de uma câmera e testemunhas, é o ápice da sensação de arrogância e prepotência que poderíamos imaginar em um psicopata. Só no Brasil.
Idosas, mulheres maduras, adolescentes e até crianças são alvo das imundícies desses seres inumanos. São pegas em suas casas, na volta do trabalho, na escola, em avenidas movimentadas, vans de turismo, em qualquer hora ou lugar. É uma epidemia macabra que se espraia sem que a sociedade esboce a menor reação.
Nao estou me baseando em estatísticas oficiais, como as que o governo de São Paulo divulgou — e que mostram um crescimento de 56% nos casos de estupro no mês de março deste ano, em comparação com o mesmo período, em 2011.  Em 2012, foram 3.197 casos. Esses números, embora gritantes, não são confiáveis. Primeiro, nem todas as vítimas prestam queixa (tendência que está diminuindo). Para complicar, nossos sábios legisladores, ao alterar o Código Penal, passaram a considerar estupro outros tipos de agressões sexuais (igualmente condenáveis, mas, a rigor, no meu entendimento, de consequências distintas). Hoje, por exemplo, um beijo à força pode ser denunciado como estupro. Convenhamos, é comparar uma surra com um tiro na nuca. Enfim.
Minhas principais impressões sobre o assunto podem ser empíricas, mas a realidade insiste em confirmá-las: os estupros aumentaram (e vão continuar aumentando) porque é um crime que não é mais punido na carceragem e entre os próprios marginais. Foi-se o tempo em que bandido no Brasil tinha família e o mínimo de um código de ética escrito nas trevas. Estuprador sabia o que o esperava na cadeia ou na quebrada da favela. Não tinha perdão. Era pena de morte entre assassinos.
Nosso País está tão estraçalhado pela indecência, pela corrupção e pela falta de caráter que até os chefões do crime e os caras que escolheram o caminho do mal se tornaram indignos da própria brutalidade. Não são homens. Não são machos. Agora ficam se protegendo naquelas celas superlotadas, agarradinhos uns nos outros. Uma pouca vergonha. Sei.
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23 maio 2013

netinho prov1 Netinho, desespero e vaidade
É na adversidade que conhecemos as pessoas. Eu, por exemplo, só fiquei sabendo da existência do cantor Netinho por conta das notícias que li na internet sobre sua internação devido ao provável uso de anabolizantes. Estimo melhoras. E parece que o pior já passou desde que o também empresário musical foi diagnosticado com adenoma hepático, distúrbio no fígado estimulado por drogas sintéticas para crescimento muscular. Ué.
Pensava que esse tipo de artifício suicida fosse comum entre esportistas idiotas. Sobrevivendo e aprendendo. Nada como uma UTI após a outra. É uma das formas que a vida encontra de nos ensinar que nem tudo nela é aparência, principalmente se sua existência se resume a cantar axé. Esse senhor de quase 47 anos já estava no lucro. Não precisava forçar a barra. Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...
Quando Netinho começou a fazer sucesso, me diz o Google, ele era mirradinho, assim como seu talento para escrever letras de música. De repente, sem que seus seguidores no Facebook exigissem, apareceu saradão, dentro do que sua anatomia permitia. Não precisava. Um tal Thiaguinho, mais jovem e malhado, esta aí para provar que esforço físico não compensa, tanto que está condenado a se casar com uma esquisita mal-humorada chamada Fernanda Souza. Essa eu descobri conversando com uma velha amiga, no Orkut.
Expor-se a tanto risco é fruto muito mais de desespero do que vaidade. Dinheiro não era o problema, tendo em vista o que está podendo gastar só de hotelaria no Sírio Libanês. O cara deveria estar preocupado com o fim da carreira nos palcos, que chega para todos que não são Cauby Peixoto, segundo li na enciclopédia Barsa (a impressa).
Netinho, tudo indica, está em franca recuperação — e decadência. Que bom. Quando sair, poderá pedir desculpas aos fãs que sobraram e admitir que se tornou refém de um mundinho supérfluo e finito. Se for esperto, vai pedir para colocar esse valioso adendo em sua própria biografia. Na Wikipédia.

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21 maio 2013

luana 20piovani Suicídio virtual de Luana Piovani é uma boa notícia
O Twitter amanheceu menos inabitável nesta manhã de terça, 21. A barraqueira virtual Luana Piovani desativou sua conta no microblog, para alívio dos que prezam por relações menos bélicas no ciberespaço.
Luana é dona de personalidade forte, além de indiscutivelmente bonita e sensual. Sua inteligência é acima da média encontrada no Projac e adjacências, o que pode não ser grande coisa, mas serve de alento aos mais otimistas.
Sei de muitas amigas que a tem como exemplo de sucesso feminino. Sempre enxerguei nisso uma inconfessável manifestação de machismo inconsciente da mulherada. Porque a atriz, verbal e comportamentalmente, age como um homem, daqueles bem grosseiros e sexistas. Freud é um gênio.
Fosse um marmanjo a desferir as bordoadas que infestavam a conta de Piovani, já teria sido linchado pelas patrulhas feministas de plantão. Como é uma mocinha, suas opiniões sobre a sexualidade alheia eram toleradas e até mesmo admiradas, como se a ex de Rodrigo Santoro também não tivesse uma bela ficha corrida de biscatice e pegação.
“Não tenho maturidade para usar. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Mas, às vezes, isso beira o perigo”, ela afirmou, em entrevista. Não falei como ela se esforça cognitivamente?
Por ironia, o que causou essa mea culpa repleta de chavões foi um comentário em que a loira chama corintianos de "imundos". No seu almanaque de ofensas, ela certamente encontraria um motivo mais nobre e menos polêmico para sua rendição. Vai entender.
A egolatria incontrolável de Luana e sua metralhadora giratória estavam longe de ser o que há de pior nas redes insociais, mas funcionava como um de seus pilares, pela credibilidade que, sabe-se lá por que, pessoas comuns emprestam a celebridade e afins, principalmente quando dizem asneiras e semeiam preconceitos.
A morte de cada ser humano me diminui, diz o poema famoso. Mas o suicídio virtual de Luana Piovani aumenta minha fé em um mundo menos hostil e supérfluo. E a torna mais bonita.
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21 maio 2013

bolsa familia Boato sobre Bolsa Família é coisa de vagabundos
Opinião todo mundo tem. O problema é que estas nem sempre vêm acompanhadas de argumentos. O exemplo da semana é o criminoso boato sobre o fim do Bolsa-Família e, gênio do mal, que haveria liberação de um último pagamento para os inscritos.
O caos que se formou nas agências da Caixa Econômica deixou a violenta aglomeração da Virada Cultural de São Paulo no chinelo. Tivesse eu algum caraminguá a receber, com certeza já teria postado no Instagram uma foto minha sensualizando na fila com o cartão de benefício.
A operação orquestrada (sabe-se lá por quem, mas desconfia-se) avança com a ajuda entusiasta do exército de antipatizantes dos programas sociais continuados, implantados e mantidos nos governos Lula e Dilma. Esses terroristas virtuais são os únicos bípedes que defendem a perpetuação da desumanidade, custe o que custar.
Amadores e profissionais do pânico se irmanam nessa guerra ideológica para desqualificar o auxílio mínimo que tirou da extrema pobreza milhões de brasileiros — contingente de seres humanos que a inflação fora de controle pode devolver à inanição num piscar de meses. São uns miseráveis, os que têm ódio de pobre.
Ninguém é obrigado a concordar com políticas assistencialistas. Sintomática é que a oposição a esse tipo de ação governamental vem, a rigor, de quem não precisa dela. Não adianta os milhares de cidadãos honestos que voluntariamente se descadastram assim que a "esmola federal" os alavanca para um novo patamar de renda mensal (normalmente, bem abaixo do que os "trabalhadores" indignados com essa "vagabundagem" gastam em um único almoço solitário numa lanchonete dos Jardins, em São Paulo).
Existem vários tipos de pobreza, a maior delas a espiritual. É mínima a probabilidade de serem identificados os vagabundos que promoveram a humilhação pública de pessoas privadas cotidianamente de uma ração de comida. Mais fácil a Polícia Federal prender um banqueiro corrupto do que um hacker de direita.
Eu desconfio que isso seja só uma amostra do que veremos até que se abram as urnas em 2014. Como não sou ministro do governo, posso dar minha opinião baseado exclusivamente em minhas paranoias e teorias conspiratórias particulares. Se fosse titular da pasta de Direitos Humanos, manteria minha enorme boca fechada. Antes que digam que estou defendendo boquinhas. Como tem gente burra!
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20 maio 2013

 Nem criminal nem cultural: a virada é nossa
Diz a lenda que o Santos de Pelé, em 1969, quando fez um jogo amistoso contra a seleção do Centro-Oeste da África, conseguiu a proeza de gerar uma trégua na guerra civil que destroçava aquela região do continente. Todos os envolvidos, pacificamente, aceitaram se render diante da arte e da beleza. Fosse hoje, e no Brasil, não consigo imaginar um evento cultural ou esportivo que aliviasse a barbárie em que vivemos. Imagina na Copa.
Vamos parar de hipocrisia. A onda de violência que marcou a Virada Cultural de São Paulo, a primeira organizada pela gestão Haddad (PT) não deixa dúvidas. É preciso acabar com isso: com a violência. Tudo tem limite. O evento foi criado e consolidado pelas gestões Serra (PSDB) e Kassab (PSD). Este ano, pela primeira vez, estava a cargo de petistas, com tucanos do governo estadual no comando da Polícia Militar, encarregados de manter a ordem e a segurança. Nessa salada partidária, o saldo foi escabroso: em meio à apresentação de quase mil artistas, no que deveria ser literalmente um espetáculo cívico, o que tomou a cena foi um balanço parcial que computa dois mortos e cinco baleados, fora arrastões, espancamentos e dezenas de ocorrências policiais.
Um fracasso retumbante. De quem? Dos políticos e autoridades? Sim. Mas indistintamente. Perdemos, playboys e manos. Não vai ser fácil botar essa tragédia na conta de um só protagonista. Somos todos responsáveis, inclusive os que detestam aglomerações e shows populistas, como eu. E isso não é demagogia. Tá dominado.
Se uma cidade, a maior do País, é incapaz de ocupar suas ruas com música, dança e teatro, sem que uma horda de selvagens e assassinos tome conta das manchetes do dia seguinte, é o caso de os que não se incluem entre os bárbaros parar para uma profunda reflexão. É o mínimo que nos sobra de decência, assumir cada um sua parte nesse cenário de horror. Se alguém disser que o problema está na iniciativa de celebrar a cultura, então confesse que se pôs ao lado das trevas. Se outro preferir cobrar mais homens fardados e prisões entupidas de miseráveis, que ele admita que isso só fará mais sangue escorrer entre nós.
Nosso projeto de nação é uma mentira. Nem ao menos temos o direito de cantar e dançar em paz. O Brasil está doente, sem perspectiva de cura. Dizer isso não é uma solução. Mas é uma necessidade. Chega de culpar os outros, ignorando que também fazemos parte desse enredo. Seu partido não é melhor que o meu. O samba não é melhor que o rock. Sua vida não vale mais do que a minha. Seu País é o mesmo onde eu moro. Vamos ocupar nossas ruas, eu e você. Não temos mais nada a perder.

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17 maio 2013

angelina Angelina Jolie e seu grito de socorro
Se existe justiça na face da Terra, ela se manifestou quando Angelina Jolie e Brad Pitt se casaram. Que duas pessoas tão bonitas, talentosas, carismáticas e ricas se amem e construam uma família em que há espaço para adoção, militância e generosidade é daquelas manifestações raras da natureza humana. Mas a vida é tão frágil...
Acompanhando o debate que se formou sobre a probabilidade (assustadores 87%) de Angelina desenvolver o mesmo câncer de mama e ovário que matou sua mãe aos 56 anos, meu primeiro movimento foi o de uma profunda perplexidade. Não sou médico, mas sei que eles existem em vários graus de competência, e são capazes de nos torturar com diagnósticos opostos e igualmente razoáveis. Quem já se viu diante de uma doença grave e mortal acabou descobrindo que a última palavra é sempre do paciente. É muito solitário, intransferível.
O que me surpreendeu nessa história, da qual a princípio me afastei, por algum tipo de respeito inconsciente, foi ver a fúria com que algumas pessoas reagiram à decisão extrema da atriz. Na turma do fundão, quem jogou tomates, ovos e desaforos com a habitual competência foi meu colega Andre Forastieri. É muito engenhosa a maneira como ele desconstrói a “heroína cretina”. Pena que seu artigo seja uma confissão involuntária travestida de tratado freudiano.
Dos calabouços de sua alma, Forastieri deixa escapar certa misoginia (aquele distúrbio caracterizado pelo medo do corpo feminino). Não é difícil perceber que, ao dispor de seus seios e útero, Angelina também está esfregando na cara de todos os homens, mais uma vez, que seu corpo tem dono: ela mesma. Como senhora de si, faz o que bem entender. Isso, vindo de uma pessoa tão sexy e poderosa, incomoda.
É preciso ser muito arrogante ou rancoroso para não entender a coragem e a grandeza da decisão que a mulher considerada a mais linda do mundo tomou. Ao aceitar que seu corpo, ícone de feminilidade e beleza, seja amputado, pode parecer uma daquelas punições bíblicas ou uma autoimolação doentia. Para mim, é apenas uma tragédia inescapável, cruel, à altura de grandes personagens.
Não vi na decisão de Angelina nada de heroico. Ao se expor de forma tão violenta, duvido que ela esteja querendo servir de exemplo. Sinceramente, creio que o que a moveu foi algo muito humano: medo. Seu comunicado foi um pedido de socorro e não um surto egocêntrico. Não enxergar sofrimento e dor nesse gesto é muito mais perverso do que o suposto e delirante desejo de beatificação que a estaria movendo.
Angelina é uma figura pública, planetária. Uma grande mulher. Sim, poderia ter feito o que fez silenciosamente. Preferiu gritar. Eu ouvi.

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17 maio 2013

 Bióloga de Brasília deixa claro: tamanho é documento
Lana Medeiros prestou relevantes serviços ao País ao declarar publicamente que tamanho é documento, sim. E não se fala mais nisso. Ou melhor, não se fala de outra coisa em Brasília, onde a fogosa moça de 27 anos mora, bem próxima dos parlamentares que também fazem coisas inconfessáveis durante a madrugada, como se viu na votação da MP dos Portos.
A rotunda declaração foi feita em um vídeo em que a desenganada bióloga narra a decepção decorrente de uma relação sexual. Sentindo-se vítima de um desfalque, ela diz não ter encontrado o órgão sexual do parceiro durante o encontro. Onde já se viu? “Olhei para ele perguntei: ‘cadê?'". No Distrito Federal, o direito de defesa anda meio, digamos, em baixa. Não se sabe qual foi a resposta do portador do diminuto acompanhante.
Por ser expert em biologia, Lana emendou: "Muitas mulheres passam por isso e não têm coragem de contar. Eu não tenho o menor problema, falo mesmo". Falo é falo mesmo, assunto encerrado.
Aqui cabe um aparte, diria algum Lewandowski: o que as mulheres não têm coragem de dizer é que elas ligam para esses detalhes anatômicos, mas preferem declarações e embargos infringentes que normalmente transferem o ônus da acusação aos homens. Seriam eles, e não elas, que se preocupariam em apresentar provas robustas de virilidade. Sei.
Claro que uma verdade dessas não é dita impunemente. Cabe recurso, tanto dos que aplaudem como dos que falam mal. Sempre digo que as mulheres, após séculos de opressão, conquistaram o direito de serem tão infelizes quanto os homens. Se joga, minha filha. Depois, se for o caso, reclama.
A declarante não foi muito específica ao definir as extensões do embuste que sofreu. Pelas pesquisas disponíveis, aceitas em qualquer tribunal, os membros da sociedade brasileira estão, em média, localizados abaixo da metade de uma régua escolar: entre 12 cm e 14 cm. Estatisticamente, quanto maior o número de testemunhas, maior a probabilidade de aparecer indícios menores ou maiores, a favor ou contra.
Portanto, quem mais sai ganhando nessa história é a própria depoente. "Meu perfil no Facebook está bombando e tem muitos homens me adicionando", declarou. Com certeza, depois de tamanha publicidade, quem se aventurar a fazer alguma acareação com a jovem já sabe o que o aguarda - ou melhor, o que ela espera.
O embate é bem-vindo. Não se constrói uma grande nação sem transparência. E isso se conquista também nas pequenas coisas. Eis aí uma grande discussão.
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16 maio 2013

FOTO 1 Chororô corintiano não esconde derrota
Depois a corintianada reclama que os “antis” são pessoas infelizes e amarguradas. Quem consegue ficar impassível diante da arrogância da “nação alvinegra” depois do jogo contra o Boca, em que foram eliminados dentro de campo, mesmo se descontarmos as barbeiragens do juiz e dos bandeirinhas?
Eu, por mim, achei a arbitragem ótima, muito divertida. Injustificável é o mimimi que se seguiu. Alguns covardes chegaram ao desplante de se solidarizar com palmeirenses e são-paulinos, para ver se colava a lamúria de perdedor. Que vergonha.
A torcida presente no Pacaembu ficou tão chocada com o baile tático e técnico que levaram dos argentinos que se comportaram de forma civilizada e elegante ao final da partida, aplaudindo seus jogadores derrotados. A que ponto chegamos...
Felizmente, alguns baderneiros colocaram as coisas no seu devido lugar e promoveram a habitual guerra de gangues que notabiliza há décadas as facções de loucos e afins. É nóis, não?
O que foi o pênalti não dado perto da furada ridícula de Alexandre Pato? O que é um gol injustamente anulado comparado ao golaço acidental de Riquelme? Faltou competência, e só. Futebol é feito de juízes ruins ou ladrões. Faz parte. E se tem um time que não pode reclamar de arbitragem, convenhamos, historicamente, é o do Parque São Jorge.
Então, por gentileza, não venham posar de guerreiros, heróis, injustiçados. Pega mal. É feio. Saber perder é muito mais digno que ficar choramingando em redes sociais. Até porque domingo tem mais — e podem faltar desculpinhas esfarrapadas. O Santos é o Brasil no 

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